MUDANÇA DE ESTAÇÃO
para te manteres vivo - todas as manhãs
arrumas a casa sacodes tapetes limpas o pó e
o mesmo fazes com a alma - puxas-lhe brilho
regas o coração e o grande feto verde-granulado
deixas o verão deslizar de mansinho
para o cobre luminoso do outono e
às primeiras chuvadas recomeças a escrever
como se em ti fertilizasses uma terra generosa
cansada de pousio - uma terra
necessitada de águas de sons de afectos para
intensificar o esplendor do teu firmamento
passa um bando de andorinhões rente à janelas
obrevoam o rosto que surge do mar - crepúsculo
donde se soltaram as abelhas incompreensíveisda memória
luzeiros marinhos sobre a pele - peixes
que se enforcam com a corda de noctílucos
estendida nesta mudança de estação
Al Berto
Miloro*
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1 comentário:
.minha-amora-amor-o-meu.
oh que merdinha...
não consigo dizer nada...
não sei o que me deu...
."muito obrigadinha".
um agradecimento proferido ao ilustre senhor meio-abananada...
sou tão reles e indigna que não mereço o seu sorriso, quanto mais um lugar no seu espaço de fazer inveja a Orfeu...
o que foi lhe deu, amora-minha-amor-o-meu?
_______________________________//
a minha menina sandra, a minha menina sofia... as minhas duas e graciosas graças - amo-vos muito.
nem bastante, nem imenso, muuuito...
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