Ao meu irmão...
Já passaram duas semanas e três dias desde que partiste...
No início eram lágrimas, enchentes delas, até...
Era o grito, o apelo,
O canto desesperado que, por mais alto que soasse, não te traria de volta
Eu sabia Eu sei
Depois
o frio
a solidão imensa da tua ausência
A superfície gelada das casas
a voz das noites em claro
que teimavam em não encontrar-se com a manhã
Agora é vazio
dor
saudade
tristeza imensa
reviver e recordar
sempre sempre sempre
E
vejo-te
acreditas? eu acredito
vejo-te!
estás aqui
como sempre estiveste
E és feliz*
És vento
Chuva
e
Mar
Miloro*
quinta-feira
segunda-feira
Cúmplices
Esta música é também tão nossa... Adoro-te, sinto tanto a tua falta, maninho*
Cúmplices - Mafalda Veiga
Cúmplices - Mafalda Veiga
domingo
Lembro-me... Lembras-te? :)
Lembro-me que já aqui éramos grandes amigos...
Lembras-te?
Lembras-te de quando íamos juntos para a escola e para a catequese?
Quando a minha mãe me ia buscar à escola e já vínhamos os dois pelo caminho de regresso? :)
Ou de virmos todos juntos na carrinha azul da Dona Fernanda, mãe do Hugo?
Quando conseguimos juntar 100 escudos e fomos à "pipocas" comprar cromos, que viemos ver para o jardim, cheios de entusiasmo? Contei esta história ao teu irmão esta semana depois de partires... quando fomos comprar as cartolinas para colocar as tuas fotografias na parede do teu quarto... rimos... Lembro-me
Lembras-te?
Quando vínhamos da escola, tínhamos talvez 8, 9 anos e subimos a nespereira que havia atrás dos correios na rua atrás da tua casa para comer nêsperas, que estavam ainda verdes?
Lembro-me
De andar contigo na bicicleta que eu pensava que era azul mas o Marquinho diz que é vermelha... não me lembrava da cor...
No 8º ano, o trabalho que fizemos juntos para Inglês, sobre Londres, fomos pedir folhetos à agência de viagens e ficámos quase meia hora a rir à porta antes de entrarmos:)
Lembras-te?
De irmos juntos ver os resultados da entrada para a faculdade, eu, tu, o Pedro Zé e o Pedro Miguel?
Do ano em que vivemos os dois no Porto, e estávamos juntos todos os dias? Dos gelados à noite no Via Catarina, e de me ires esperar ao expresso sempre que eu regressava de fim-de-semana e tu ficavas no Porto? Das viagens que fazíamos juntos para lá? Das tardes e serões em que me fazias penteados e ríamos e conversávamos…
Das festas de aniversário? Das passagens de ano com o Marquinho, o Ricardo, a minha irmã, o teu irmão, dos jogos, das gargalhadas que nos faziam doer a barriga, da lasanha vegetariana… :)
Das muitas idas ao cinema… COMO TE ADORO!****
De me ires buscar ao comboio e me dares aquele abraço de que eu tanto precisava e, naquele momento, me dares tanta paz…
Lembro-me
Do almoço de soja que fizemos na tua casa em Lisboa, de passearmos por Lisboa à noite quando me foste buscar ao aeroporto, depois de me perguntares com aquele carinho tão teu… “Queres ir para casa ou queres andar um bocadinho, bébé?”
Lembro-me de tantas coisas mais, tantas!
Lembro-me... Lembras-te?
De seres meu confidente, de eu ser tua confidente, das conversas longas ao telefone... Dos abraços apertados… do ombro amigo, do amor, desta amizade que sempre nos uniu
De saber tudo de ti, de saberes tudo de mim…
Amo-te… lembro-te... Habitas a minha história e vives em mim*
Tua mana Maria***
Lembras-te?
Lembras-te de quando íamos juntos para a escola e para a catequese?
Quando a minha mãe me ia buscar à escola e já vínhamos os dois pelo caminho de regresso? :)
Ou de virmos todos juntos na carrinha azul da Dona Fernanda, mãe do Hugo?
Quando conseguimos juntar 100 escudos e fomos à "pipocas" comprar cromos, que viemos ver para o jardim, cheios de entusiasmo? Contei esta história ao teu irmão esta semana depois de partires... quando fomos comprar as cartolinas para colocar as tuas fotografias na parede do teu quarto... rimos... Lembro-me
Lembras-te?
Quando vínhamos da escola, tínhamos talvez 8, 9 anos e subimos a nespereira que havia atrás dos correios na rua atrás da tua casa para comer nêsperas, que estavam ainda verdes?
Lembro-me
De andar contigo na bicicleta que eu pensava que era azul mas o Marquinho diz que é vermelha... não me lembrava da cor...
No 8º ano, o trabalho que fizemos juntos para Inglês, sobre Londres, fomos pedir folhetos à agência de viagens e ficámos quase meia hora a rir à porta antes de entrarmos:)
Lembras-te?
De irmos juntos ver os resultados da entrada para a faculdade, eu, tu, o Pedro Zé e o Pedro Miguel?
Do ano em que vivemos os dois no Porto, e estávamos juntos todos os dias? Dos gelados à noite no Via Catarina, e de me ires esperar ao expresso sempre que eu regressava de fim-de-semana e tu ficavas no Porto? Das viagens que fazíamos juntos para lá? Das tardes e serões em que me fazias penteados e ríamos e conversávamos…
Das festas de aniversário? Das passagens de ano com o Marquinho, o Ricardo, a minha irmã, o teu irmão, dos jogos, das gargalhadas que nos faziam doer a barriga, da lasanha vegetariana… :)
Das muitas idas ao cinema… COMO TE ADORO!****
De me ires buscar ao comboio e me dares aquele abraço de que eu tanto precisava e, naquele momento, me dares tanta paz…
Lembro-me
Do almoço de soja que fizemos na tua casa em Lisboa, de passearmos por Lisboa à noite quando me foste buscar ao aeroporto, depois de me perguntares com aquele carinho tão teu… “Queres ir para casa ou queres andar um bocadinho, bébé?”
Lembro-me de tantas coisas mais, tantas!
Lembro-me... Lembras-te?
De seres meu confidente, de eu ser tua confidente, das conversas longas ao telefone... Dos abraços apertados… do ombro amigo, do amor, desta amizade que sempre nos uniu
De saber tudo de ti, de saberes tudo de mim…
Amo-te… lembro-te... Habitas a minha história e vives em mim*
Tua mana Maria***
quinta-feira
quarta-feira
Joãozinho, chegaste à tua estrela, meu amor...
O pintor Vincent Van Gogh disse um dia que "assim como apanhamos um comboio para chegar a Arles ou Reims, apanhamos a morte para chegar a uma estrela". Esle disse isto ao falar do qaudro "A noite Estrelada" que, no dia 1 de Setembro de 2008, recebeu mais uma estrela... TU, meu amor...
Que sortudo, o céu! :)
Adoro-te... tua "maneca" MARIA (Sandra Maria)
Que sortudo, o céu! :)
Adoro-te... tua "maneca" MARIA (Sandra Maria)
A M I G O
Porque não consigo verbalizar, as palavras são poucas nem se aproximam do que sinto
porque não páro de perguntar porquê E não obtenho resposta...
porque, Joãozinho, tu DÁS sentido à palavra SEMPRE
sim, somos irmãos, S-E-M-P-R-E [E]TERNAMENTE
Eu estou aqui... sim, sabes............... eu sei............................
__________________________________
__________________________________
A-M-I-G-O
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso De boca em boca,
Um olhar bem limpo, Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar Na nossa mão!
(...)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim, Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca
porque não páro de perguntar porquê E não obtenho resposta...
porque, Joãozinho, tu DÁS sentido à palavra SEMPRE
sim, somos irmãos, S-E-M-P-R-E [E]TERNAMENTE
Eu estou aqui... sim, sabes............... eu sei............................
__________________________________
__________________________________
A-M-I-G-O
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo» é um sorriso De boca em boca,
Um olhar bem limpo, Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a pulsar Na nossa mão!
(...)
«Amigo» é o contrário de inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado,
É a verdade partilhada, praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo» é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim, Um espaço útil, um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O’Neill, in No Reino da Dinamarca
domingo
(---) p'ra chegar a uma estrela
terça-feira
para minha LaraLuz...
MUDANÇA DE ESTAÇÃO
para te manteres vivo - todas as manhãs
arrumas a casa sacodes tapetes limpas o pó e
o mesmo fazes com a alma - puxas-lhe brilho
regas o coração e o grande feto verde-granulado
deixas o verão deslizar de mansinho
para o cobre luminoso do outono e
às primeiras chuvadas recomeças a escrever
como se em ti fertilizasses uma terra generosa
cansada de pousio - uma terra
necessitada de águas de sons de afectos para
intensificar o esplendor do teu firmamento
passa um bando de andorinhões rente à janelas
obrevoam o rosto que surge do mar - crepúsculo
donde se soltaram as abelhas incompreensíveisda memória
luzeiros marinhos sobre a pele - peixes
que se enforcam com a corda de noctílucos
estendida nesta mudança de estação
Al Berto
para te manteres vivo - todas as manhãs
arrumas a casa sacodes tapetes limpas o pó e
o mesmo fazes com a alma - puxas-lhe brilho
regas o coração e o grande feto verde-granulado
deixas o verão deslizar de mansinho
para o cobre luminoso do outono e
às primeiras chuvadas recomeças a escrever
como se em ti fertilizasses uma terra generosa
cansada de pousio - uma terra
necessitada de águas de sons de afectos para
intensificar o esplendor do teu firmamento
passa um bando de andorinhões rente à janelas
obrevoam o rosto que surge do mar - crepúsculo
donde se soltaram as abelhas incompreensíveisda memória
luzeiros marinhos sobre a pele - peixes
que se enforcam com a corda de noctílucos
estendida nesta mudança de estação
Al Berto
Subscrever:
Mensagens (Atom)